AVANÇO TECNOLÓGICO X DISTANÁSIA


 Antes de adentrar ao conceito da distanásia, é imprescindível contextualizar as condições que propiciaram o surgimento desta prática.

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Durante séculos à fio os profissionais da saúde tiveram propagado pelo coletivo, bem como, internalizado em seu íntimo que, o seu papel, ou seja, o papel do médico, era o de salvar vidas, de modo que, a morte que é um fato natural da vida, era encarada como uma inimiga a ser vencida.

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A ciência e as tecnologias foram sendo aprimoradas com o passar dos anos e a medicina atual nem se compara com a medicina que era empregada a séculos atrás. Os avanços foram e são contínuos, hoje existem aparelhos capazes de manter a respiração do indivíduo impossibilitado de fazê-lo por si próprio. Recursos que possibilitam a realização da hidratação e da nutrição por sondas, ainda que os indivíduos não possam se alimentar da forma convencional, dentre outros milhares de tratamentos, exames, terapias e etc...

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O avanço da ciência e das tecnologias, unido ao ideal de que o dever principal do médico era o de salvar vidas, devendo evitar a morte a todo custo, culminou no surgimento da terrível prática da distanásia.

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A distanásia é uma terminologia de origem grega em que “dys”, significa “mau”, “anômalo” e, “thanatos”, significa “morte”. A distanásia é a prolongação do processo de morrer, ocorre em situações em que pacientes doentes e sem possibilidade de cura são submetidos a tratamentos de saúde fúteis. Médicos realizam em pacientes terminais intervenções desproporcionais, em que o paciente é submetido a métodos diagnósticos ou terapêuticos que não podem lhe trazer benefício, ao contrário trazem mais dor e sofrimento. São tratamentos inúteis visto que não promovem alívio e conforto ao doente, ao mesmo tempo que não mudam o prognóstico da doença. Com a distanásia acaba-se por prolongar ao máximo possível a quantidade de vida do paciente, na tentativa de combater a morte como se esta fosse uma inimiga capital.

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Atualmente, esforços têm sido empregados para combater esse tipo de prática, e nesse sentido, a ortotanásia, os cuidados paliativos, e as Diretivas Antecipadas de Vontade, a cada dia tornam-se mais propagados no meio médico.

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