“Quando
falamos da questão da pessoa, não estamos falando de um objeto externo à nossa
própria realidade; não se trata de um objeto totalmente estranho. O conceito de
pessoa é algo que eu minimamente conheço, porque diz respeito a experiência que
eu tenho de mim mesmo. Partimos dessa experiência, elementar na nossa
existência, e devemos tê-la presente ao refletirmos sobre o Homem, servindo-nos
dela para constatar características próprias da pessoa humana que extrapolam a
verificação que podemos obter baseando-nos apenas nas ciências experimentais.
Cada um de nós, indiferentemente do seu nível de escolaridade, detém o
‘conhecimento’ do que é a pessoa humana.
Esse
conhecimento natural não é, no entanto, evidente. Cada um descobre e constata
que é uma ‘pessoa’ assim como conhece a lei da gravidade. Isto é, trata-se de
uma descoberta intelectual, baseada na experiência da própria natureza humana. As
ciências (Genética, Biologia, Medicina, Sociologia, Psicologia e outras) vão
somar a esse conhecimento um ‘saber’ que nos permitirá adicionar mais
informações sobre a natureza humana.”
FONTE LIVRO:
BIOÉTICA: PESSOA E VIDA (EDITORA DIFUSÃO)
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Carmen
Mariana S. de Barros
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