REFLEXÕES SOBRE A BIOÉTICA

 



 

Conforme já fora explanado anteriormente o conceito de Bioética nasceu com base nas obras do norte-americano Van Rensselaer Potter, um pesquisador e professor universitário na área de oncologia. Em suas obras o autor chama a atenção da comunidade científica para a necessidade de criação de uma nova disciplina, que una as culturas científica e humanística, ou seja, que combine os valores humanos com os conhecimentos biológicos. De acordo com o autor Warren Reich, três áreas contribuíram significativamente para a formação da bioética. Seriam então a “experimentação com seres humanos, o emprego da alta tecnologia na prática médica e o uso social da medicina.”

Em 1960 nos Estados Unidos da América, descobriu-se casos de abusos contra indivíduos na condição de sujeitos de pesquisa.

 A primeira situação se deu em Willowbrook State School, uma escola localizada em Nova York, a Instituição era especializada no atendimento de crianças com deficiência intelectual. Entre 1956-1970, cerca de 700 (setecentas) crianças foram propositalmente infectadas com cepas de vírus da hepatite, aos pais das crianças foi exigido que assinassem uma ficha de consentimento, sob pena de a criança não mais ser aceita na escola. As pesquisas realizadas visavam verificar a eficácia da profilaxia contra a hepatite.

A segunda situação ocorreu em 1963, em Jewish Chronic Disease Hospital, localizado no Brooklin, com o intento de realizar estudos científicos 22 (vinte e dois) pacientes idosos tiveram injetadas em seus organismos células tumorais, sem que tivessem dado o seu consentimento.

A terceira situação ocorreu de 1932 à 1972, o caso ficou conhecido como Tuskegee Syphilis Study, os estudos foram realizados na Cidade de Tuskegee. Foram submetidos a experimentos 600 (seiscentos) homens negros. O intento do estudo era descobrir os efeitos naturais do curso da sífilis, quando a doença não é tratada. Dos homens submetidos ao estudo 399 (trezentos e noventa e nove) tinham a doença e foram deixados sem tratamento, e sem nenhuma informação sobre a evolução do problema, os homens desconheciam o fato de que estavam sem receber tratamento, e que serviam de experimento científico. Os outros 201 (duzentos e um) homens não tinham a doença, e participaram da pesquisa como grupo de controle. Na década de 1940, a penicilina (tratamento para a sífilis) foi descoberta, ainda assim, aqueles homens foram privados do tratamento para a doença. O período do experimento perdurou por 40 (quarenta anos).

Em 1972, o caso foi revelado pela revista Washigton Star, e o estudo foi bloqueado por uma comissão nomeada pelo Departamento de Saúde.

 

Fonte Livro:

Bioética: Pessoa e Vida

(editora difusão)

 

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