RESENHA DA OBRA: "A BAILARINA DE AUSCHWITZ"

 


A obra “A bailarina de Auschwitz”, foi escrita pela autora Edith Eger, uma mulher de origem judia, e que aos 16 (dezesseis) anos, viu toda a sua vida ser transformada, ao ser deportada com sua família para um dos mais tenebrosos campos de concentração de Hitler.

Os pais de Edith Eger, carinhosamente apelidada de Dikuka por seus familiares, foram enviados à câmara de gás, mas ela e sua irmã sobreviveram ao “inferno”.

A obra é emocionante, a autora narra episódios das atrocidades ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial. Fala sobre a falta dos pais, de seu lar, seu primeiro namorado, conta das vezes que fantasiou estar comendo as delícias preparadas por sua mãe, quando passava fome há meses.

A escassez de comida, roupas, de afeto, as condições indignas de subsistência, as constantes violências físicas e psicológicas a que foi submetida, não foram capazes de matar os seus sonhos e a sua esperança.  

Dikuka era demasiadamente magra, e as chances de sobrevivência em um campo de concentração eram ínfimas, tanto que o soldado que tatuava números de identificação nos braços dos prisioneiros, não a tatuou e lhe disse que não gastaria tinta com ela. Dikuka, havia sido abandonada junto a uma pilha de corpos de prisioneiros mortos, quando foi resgatada e liberta por soldados americanos.

A bailarina de Auschwitz teve o fluxo de sua vida interrompida aos 16 (dezesseis) anos, a jovem que tinha um futuro promissor na dança, tinha uma família, um namorado e todos os sonhos e a pureza de uma menina. Conheceu o pior lado do ser humano, experimentou na própria pele o limite da dor e da humilhação, perdeu seus pais, sua infância e adolescência, sofreu por longos anos com os traumas da guerra. Mas, nunca deixou que a sua esperança morresse, casou-se, formou-se psicóloga, cursou mestrado e doutorado e passou a ajudar pessoas que assim como ela sofriam com traumas e dores profundas. Dikuka reescreveu a sua própria história e ajudou inúmeros pacientes a reescreverem as suas.

Eu que não nego o quão sensível e emotiva sou, confesso que derramei algumas lágrimas durante essa leitura MARAVILHOSA!!!    

Comentários